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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

VAGINISMO

“Como era nova, achava que, ainda, não estava pronta para ter relação, sempre que tentava doía muito e como sempre ouvi que “a primeira vez dói muito” estava esperando o dia ideal, até que um dia me toquei que já havia tentado várias vezes, o tempo foi passando e várias tentativas e todas em vão, perdi vários namorados, passei por vários ginecologistas e nenhum dava solução para meu problema, era sempre a mesma conversa “você precisa relaxar”.Conheci um rapaz “super fofo” que disse esperar o tempo que precisasse para que conseguíssemos ter relação, começamos a ter relação anal, sempre tive orgasmo, mas penetração vaginal era impossível. Comecei a pesquisar na internet e descobri que o que eu tinha era vaginismo, nossa, tem mais mulheres com esse problema, pensei. Comecei, então a pesquisar qual tinha sido o percur so dessas mulheres, muitas, também, tinham tentado de tudo. Fui a uma ginecologista que me encaminhou a uma psicóloga especialista em sexualidade, foi então que demos início ao tratamento. Confesso que não foi nada fácil... além dos exercícios conversávamos sobre coisas da minha vida, coisas que jamais pensei que pudessem interferir, pensei várias vezes em desistir, mas eu tinha um propósito i iria levar até o fim. Realmente foi assim que aconteceu, hoje estou casada e tenho um filho, pasmem... foi parto normal” (Este relato é real).
Vaginismo é a contração involuntária da musculatura da vagina. A mulher que sofre deste problema não consegue penetrar o dedo, o pênis, nem tão pouco, o especulo em consulta ginecológica. Geralmente quando tenta forçar a penetração, a mulher sofre muito, porque, o desconforto e a dor (dispareunia) são muito intensos. Tem mulheres que chegam a ter crise de ansiedade, gelando e suando muito os pés, as mãos, o coração dispara e a respiração fica ofegante só de pensar em passar pela situação, é um verdadeiro tormento, principalmente, quando o parceiro não entende. Muitas mulheres são abandonadas por conta do problema, assim como relata nossa amiga.

O vaginismo em si é 100% psicológico, há casos em que a mulher desenvolve o problema por falta de lubrificação ou por sentir dor por alguma infecção, tirando essas questões fisiológicas, que geralmente são em menores casos, a mulher desenvolve o vaginismo por questões de ordem emocional.

Mesmo nos dias atuais, em que se fala abertamente sobre sexo/sexualidade (muita informação nem sempre, neste caso, significa orientação ou educação para a vida sexual, em minha opinião muitas vezes colabora para o aumento das disfunções sexuais, mas isso é tema para outro post) sabemos o quanto o tema, ainda, é tabu e o quanto a mulher continua sendo reprimida. Então a repressão é um dos motivos, como, também, o desconhecimento do próprio corpo, algum abuso sexual ou o estupro, orientação transgeracionais (que passa de mãe para filha) com relação a imagem masculina, como por exemplo :” homem não presta, homem só quer saber de tirar a virgindade, não se pode confiar em homem...” ou de fato a mulher teve um representante masculino (geralmente o pai) que não colaborou para formação de uma boa imag em do masculino. Neste caso fica bem difícil se entregar, se “abrir” para um homem.

O vaginismo é isso mesmo, uma entrega, uma abertura, muitas vezes para o novo, para a vida. Geralmente são mulheres extremamente controladoras e rígidas.

Quando conseguem um parceiro, geralmente tem uma troca “inconsciente” que nem eles percebem, do tipo: “eu não te dou a minha sexualidade” e ele “eu não te dou dinheiro” (são homens que têm dificuldades para arranjar emprego, ganhar dinheiro) ou “eu não te dou minha sexualidade” e ele “eu não te dou minha masculinidade” (homens que no jargão popular são chamados de “bundão”, muito bonzinhos, submissos), ou quando a mulher consegue ter penetração o homem começa a ter dificuldade para ter ereção, claro que isso é só um exemplo,

O mais interessante disso tudo é que tem solução! Algumas mulheres demoram em procurar ajuda, até mesmo por não saber que é um problema, com a esperança de que na “próxima tentativa vai dar certo”. Bem, então o que fazer? Primeiro ir a um ginecologista para verificar se há alguma questão fisiológica, como, infecção ou alguma má formação, depois procurar um psicólogo especialista em sexualidade para orientar aos exercícios que são utilizados em terapia sexual e trabalhar as questões psíquicas que levaram ao problema, que em minha opinião é de fundamental importância.




3 comentários:

  1. tbem fiz tratamento consegui ter relações normais com meu marido, mas estou gravida e fazer exame toc, é uma tortura emocional e fisica queria parto normal mas tenho medo do meu corpo não se abrir, como conseguiu?

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  2. E a mulher com vaginismo consefue ter um parto Normal ou nao?

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